Page 64 - Livreto Conservação
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Foto: Projeto Papagaio-verdadeiro





        Em 1997, com o apoio financeiro do Parque das Aves, a Dra. Gláucia Seixas iniciou o Projeto
        Papagaio-verdadeiro, com o objetivo de gerar informações sobre a biologia e a ecologia
        dessa ave, auxiliando na tomada de decisões para a conservação da espécie e dos ambientes
        onde vive, além de mobilizar as pessoas contra o tráfico dos papagaios.

        O trabalho envolve pesquisa científica, com ações que visam identificar a situação da espécie
        em ambiente natural, bem como conhecer os elementos biológicos necessários para seu
        manejo e conservação, além da sensibilização das comunidades, com ações de divulgação
        dos resultados e estímulos à reflexão quanto à necessidade de conservação da natureza. O
        Projeto também atua no mapeamento do tráfico de papagaios-verdadeiros no Brasil, visando
        propor novas políticas públicas para a conservação da espécie e ações de geração de renda
        que contribuam para mudar o cenário atual de pressão sobre a espécie.

        Nos últimos anos, além do Pantanal sul-mato- grossense, o Projeto expandiu suas ações para
        a Bacia do Rio Paraná, no mesmo estado, onde a espécie sofre com a intensa e constante
        captura ilegal de filhotes; cerca de 85% dos ninhos monitorados pelo Projeto na região tiveram
        filhotes capturados. Nessa área, as ações se concentram na avaliação do impacto do tráfico
        sobre as populações naturais e a mobilização das comunidades locais.

        Após mais de 20 anos como o principal financiador nacional do Projeto, o Parque das
        Aves tornou-se em 2018 o coordenador executivo do Projeto Papagaio-verdadeiro, com a
        contratação da Dra. Glaucia Seixas dentro do seu quadro de colaboradores. Tal condição
        facilita também os demais apoios já antes oferecidos a equipe de campo, como a aquisição
        de equipamentos, assessoria em comunicação nas redes sociais, e o suporte para recursos
        humanos  em atividades  in  situ.  Ao  se  tornar um  projeto  de  casa,  expandem-se  ainda as
        possibilidades de apoio financeiro internacional recebido da comunidade de zoológicos.







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