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CONSUMIR PALMITO CERTIFICADO:
POR QUE É TÃO IMPORTANTE?
No Brasil, o palmito comestível pode ser retirado de diversas espécies de palmeiras. As mais encontradas para consumo são o juçara, o pupunha e o açaizeiro (ou açaí). A palmeira-juçara (Euterpe edulis) é nativa da Mata Atlântica, enquanto as outras espécies são amazônicas.
Uma diferença entre as três espécies é que a juçara possui um único tronco, enquanto as demais formam ramificações. Assim, para obter o palmito-juçara, a palmeira é cortada, ocasionando a morte da planta. Enquanto a pupunha e o açaí rebrotam do tronco principal, a exemplo do que ocorre com as bananeiras. Ao longo do tempo, a obtenção do palmito por meio do simples extrativismo levou a espécie à lista de flora brasileira ameaçada de extinção e, ainda hoje, embora seja permitido seu cultivo, a extração ilegal permanece como uma das principais ameaças à espécie.
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CONSUMIR PALMITO CERTIFICADO: POR QUE É TÃO IMPORTANTE? |
No Brasil, o palmito comestível pode ser retirado de diversas espécies de palmeiras. As mais encontradas para consumo são o juçara, o pupunha e o açaizeiro (ou açaí). A palmeira-juçara (Euterpe edulis) é nativa da Mata Atlântica, enquanto as outras espécies são amazônicas.
Uma diferença entre as três espécies é que a juçara possui um único tronco, enquanto as demais formam ramificações. Assim, para obter o palmito-juçara, a palmeira é cortada, ocasionando a morte da planta. Enquanto a pupunha e o açaí rebrotam do tronco principal, a exemplo do que ocorre com as bananeiras. Ao longo do tempo, a obtenção do palmito por meio do simples extrativismo levou a espécie à lista de flora brasileira ameaçada de extinção e, ainda hoje, embora seja permitido seu cultivo, a extração ilegal permanece como uma das principais ameaças à espécie.
Contudo, a redução da população da palmeira-juçara não compromete somente a sua sobrevivência. O palmito-juçara é uma importante fonte alimentar para um grande número de animais da Mata Atlântica, principalmente por fornecer frutos durante o inverno, quando a maioria das árvores não frutifica. Seu fruto e sua semente servem de alimento para mais de 20 espécies de mamíferos e 48 espécies de aves, entre elas tucanos, jacutingas, jacus, sabiás e arapongas, que são as principais espécies responsáveis pela dispersão de suas sementes.
Um exemplo dessa complexa rede de interdependência envolvendo a palmeira-juçara é a sua estreita relação com a jacutinga (Aburria jacutinga), ave endêmica da Mata Atlântica em perigo de extinção. Os coquinhos da palmeira servem de alimento para a jacutinga, que, por outro lado, contribui para dispersar as sementes pela floresta, por meio das fezes. Assim, a preservação da Palmeira Juçara está diretamente ligada à manutenção da biodiversidade da Mata Atlântica.
Para ajudar na conservação do palmito-juçara e, consequentemente da jacutinga, é muito importante comprar palmito em conserva legalizado. Uma maneira de reconhecer um palmito legalizado é através das exigências da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para as informações da tampa.
Exemplo: A tampa de palmito legal obrigatoriamente apresenta três indicações fundamentais: litografia na lateral e na parte superior da tampa, ou seja, impressão direta na tampa de modo que não apaga se for friccionada; e a obrigatoriedade do lacre ser transparente.
