7 plantas medicinais da Mata Atlântica
Publicado por parquedasaves em 15/01/2020
Atualizado em 10 de julho de 2024
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As plantas medicinais estão muito presentes na rotina dos brasileiros, sendo populares na prevenção e tratamento de doenças desde muito antes da indústria farmacêutica tornar-se comum em nosso dia a dia. Tradicionalmente, o uso dessas plantas têm raízes antigas, aliado ao conhecimento popular, transmitido oralmente durante séculos por avós, curandeiros, benzedeiros, comunidades indígenas e outros personagens que estão muito presentes em locais onde a medicina moderna ainda não chegou.
Nesse post, compartilharemos algumas espécies de plantas nativas da Mata Atlântica que são reconhecidas pelo SUS como espécies importantes para fins terapêuticos, muitas delas presentes em fitoterápicos distribuídos para a população:
Nome científico: Eugenia uniflora
Nomes populares: Mororó, pata de boi, casco de vaca, unha de vaca
Nome científico: Bauhinia forficata
Nome científico: Psidium guajava
Nomes populares: Aroeira
Nome científico: Schinus terebinthifolius
Nome científico: Passiflora alata
Nome científico: Mikania glomerata
Nomes populares: Cancerosa, salva-vidas, espinheira-divina
Nome científico: Maytenus ilicifolia
Mesmo nos dias atuais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que 85% da população de países em desenvolvimento utilizam plantas em seus cuidados de saúde. Apesar dessa ser uma prática comum, infelizmente ainda temos poucas pesquisas que atestem os reais benefícios dessas plantas e compilem os melhores métodos de como cultivá-las e prepará-las. Cerca de 12.000 compostos químicos de plantas medicinais foram identificados até hoje, sendo que isso representa menos de 10% do que se estima ser o total.
O Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos foi um passo nessa direção: desde dezembro de 2008, busca inserir plantas medicinais e fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS). Há uma diferença entre esses dois termos: os fitoterápicos são medicamentos como quaisquer outros, com dosagem, benefícios e os riscos de uso já conhecidos. São obtidos exclusivamente de matérias-primas vegetais. Todos os fitoterápicos utilizados no SUS são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Já as plantas medicinais são tradicionalmente utilizadas pela população para aliviar ou curar enfermidades. Porém nem sempre existem muitas informações científicas sobre as suas formas de uso e eficácia, às vezes encontramos apenas saberes populares, que são passados adiante de maneira informal.
O Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos promove e reconhece o uso de plantas medicinais como remédios caseiros. Para utilizar essas plantas, é preciso conhecer a planta para saber quais partes usar e como prepará-las. Normalmente, são utilizadas na forma de chás ou infusões, mas é muito importante evitar altas doses de preparados de plantas medicinais. Ao contrário da crença popular, o uso dessas plantas não é isento de risco, já que além dos ativos terapêuticos, a mesma planta pode conter outras substâncias que geram reações alérgicas ou efeitos colaterais, especialmente se consumidas em grandes quantidades ou por tempo prolongado. Por isso, busque pesquisar mais sobre a espécie de interesse antes de utilizar.
Estima-se que em torno de 10 mil plantas brasileiras tenham propriedades medicinais – e muitas delas só podem estar presentes em uma Mata Atlântica preservada. Por isso, reconhecer a importância dessa floresta pode fazer bem para a saúde! Proteja a nossa #NossaMataAtlantica!
Foto de capa: Olhares – Badari Senior.
O Parque das Aves, um centro de resgate, abrigo e conservação de aves da Mata Atlântica e o atrativo mais visitado de Foz do Iguaçu depois das Cataratas, completa 30 anos de atuação em 2024. Como é uma instituição privada, os visitantes promovem a continuidade do trabalho do atrativo através da visita ao Parque, consumo nos restaurantes do Complexo Gastronômico e compras na Loja de souvenirs.