Paisagens da Mata Atlântica
Publicado por parquedasaves em 21/06/2019
Atualizado em 11 de fevereiro de 2025
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Dentro da Mata Atlântica, há muitas formações florestais cheias de características únicas, como vegetação, temperatura e umidade exclusivas. Essas diferentes paisagens dentro do bioma são chamadas de fitofisionomias (fito significa “planta” e fisionomia significa “aparência”).
Mapa com os tipos de florestas da Mata Atlântica
São consideradas fitofisionomias do bioma Mata Atlântica:
Os manguezais são ecossistemas costeiros únicos, onde a água doce dos rios se encontra com a água salgada do mar. Eles funcionam como berçários naturais, abrigando diversas espécies de peixes, crustáceos e aves.
No Parque das Aves, você pode conhecer de perto esse ambiente no Viveiro Aves de Rios e Manguezais, um viveiro de imersão criado especialmente para as aves dessas regiões. Esse espaço, cheio de vida e encanto, era o preferido do Sr. Dennis, fundador do Parque.
O manguezal é um berçário natural para diversas espécies e essencial para a biodiversidade costeira. Foto/Reprodução: pixabay/kmarius
As restingas são ecossistemas litorâneos da Mata Atlântica, formados por solos arenosos e vegetação adaptada a condições extremas, como ventos fortes, alta salinidade e escassez de nutrientes.
A vegetação das restingas é composta por arbustos, gramíneas, bromélias e cactos, além de árvores como o jacaré (Pouteria venosa) e a pitanga (Eugenia uniflora). Esses ambientes abrigam diversas espécies de aves, répteis, anfíbios e mamíferos, muitas delas endêmicas.
Além de sua importância ecológica, as restingas atuam como barreiras naturais, protegendo o litoral contra a erosão e ajudando na regulação do clima. Preservar as restingas é fundamental para a conservação da biodiversidade e a proteção das nossas praias!
A restinga é um ecossistema essencial para a proteção do solo e da biodiversidade costeira. Suas plantas ajudam a estabilizar a areia e abrigam diversas espécies. Foto/Reprodução: pixabay/Alessandro Alle
Os campos de altitude são ecossistemas encontrados no topo de montanhas e serras, acima de 1.000 metros de altitude. Nessas regiões, o clima é frio, os ventos são fortes e a vegetação precisa se adaptar a solos rasos e rochosos.
A flora dos campos de altitude é composta por gramíneas, arbustos e pequenas árvores retorcidas, além de plantas resistentes, como as bromélias e orquídeas. Essa vegetação especial abriga uma rica diversidade de aves e outros animais, muitos deles raros e endêmicos, ou seja, que não são encontrados em nenhum outro lugar do mundo.
Além de sua beleza singular, os campos de altitude desempenham um papel essencial na regulação do clima e na proteção das nascentes de água, contribuindo para o equilíbrio ambiental da Mata Atlântica.
A Floresta Estacional, que pode ser decidual ou semidecidual, é um dos tipos de vegetação da Mata Atlântica, caracterizada pela queda das folhas de algumas árvores durante a estação seca. Esse comportamento permite que as plantas economizem água e resistam melhor às variações climáticas.
Floresta Estacional Decidual: Mais da metade das árvores perde suas folhas na estação seca.
Floresta Estacional Semidecidual: Apenas parte das árvores perde as folhas, mantendo o ambiente com vegetação densa o ano todo.
Essa fitofisionomia abriga uma grande biodiversidade, oferecendo alimento e abrigo para diversas aves, mamíferos e insetos polinizadores. Além disso, é essencial para a manutenção dos recursos hídricos, pois protege nascentes e rios.
A Floresta Estacional mostra como a natureza se adapta às mudanças do clima, garantindo a sobrevivência de inúmeras espécies!
A Floresta Ombrófila é um dos ecossistemas mais característicos da Mata Atlântica, conhecida por sua vegetação exuberante e sempre verde, adaptada a regiões com alta umidade e chuvas bem distribuídas ao longo do ano. Essa fitofisionomia pode ser dividida em três tipos principais:
Presente em áreas de clima úmido e quente, essa floresta possui vegetação fechada, árvores de grande porte e um sub-bosque rico em bromélias, samambaias e orquídeas. Muitas espécies de aves e mamíferos encontram refúgio nesse ambiente repleto de diversidade.
Com árvores mais espaçadas e menor densidade de vegetação, essa floresta ocorre em áreas onde o clima ainda é úmido, mas com menor volume de chuvas. Sua composição vegetal permite a entrada de mais luz, favorecendo o crescimento de plantas de menor porte.
Também conhecida como Mata de Araucárias, essa fitofisionomia ocorre em altitudes elevadas, principalmente no sul do Brasil. Seu principal destaque é a Araucaria angustifolia, árvore símbolo desse ecossistema, que forma grandes florestas e serve de abrigo e alimento para diversas espécies, como a gralha-azul, responsável pela dispersão de suas sementes, os pinhões.
Além de sua incrível biodiversidade, as Florestas Ombrófilas são fundamentais para a regulação do clima, proteção das nascentes e manutenção dos ciclos da água. Preservar esses ecossistemas é essencial para garantir o equilíbrio da Mata Atlântica!
A Mata de Araucárias, parte da Floresta Ombrófila Mista, abriga biodiversidade única e espécies ameaçadas. Um ecossistema que precisa ser protegido!
Não é incrível a diversidade da nossa Mata Atlântica?!
A área do Parque das Aves está próxima de uma floresta do tipo estacional semidecidual, que abriga as nossas maravilhosas Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu. E você, você mora pertinho de alguma dessas fitofisionomias? Conta pra a gente!
O Parque das Aves, um centro de resgate, abrigo e conservação de aves da Mata Atlântica e o atrativo mais visitado de Foz do Iguaçu depois das Cataratas, completou 30 anos de atuação em 2024. Como é uma instituição privada, os visitantes promovem a continuidade do trabalho do atrativo através da visita ao Parque, consumo nos restaurantes do Complexo Gastronômico e compras na Loja de souvenirs.