Jacutinga Mimi é reintroduzida na Serra da Mantiqueira, SP

Publicado por parquedasaves em 15/05/2018

Atualizado em 31 de julho de 2024

Tempo de leitura: 3 minutos

Na semana passada, a equipe do Parque das Aves, composta pela diretora técnica Paloma Bosso, e a gerente de comunicações Melissa Correa, foi a São Francisco Xavier, em São Paulo, acompanhar a reintrodução de uma nova ave pelo Projeto Jacutinga, da SAVE Brasil.

Na ocasião, a jacutinga conhecida como Mimi, mostrou-se cautelosa em sair do recinto. Muitas pessoas pensam que isso é negativo para os animais em processo de reintrodução, mas na realidade esse é um comportamento super natural e positivo para a sobrevivência deles na natureza. Não entendeu? Calma que vamos explicar!

grupo de cinco pessoas está posando em frente a um veículo aberto em um ambiente de floresta tropical. Eles estão vestindo camisetas pretas com um logotipo de uma arara e parecem preparados para uma atividade de campo ou uma expedição. Ao redor, há uma densa vegetação de floresta.

Equipe da SAVE Brasil observando as jacutingas para a reintrodução

A Mimi é uma das 6 jacutingas nascidas no Parque que foram enviadas para o Projeto, em 2017. Durante 8 meses, elas passaram por um processo de ambientação em um recinto de reabilitação. Ou seja, neste período essas aves aprimoraram comportamentos como fugir de predadores, procurar o seu próprio alimento e água, procurar locais para formar ninhos, entre outros. Essa soltura gradativa é chamada de “soft release”, e é um processo que requer muita dedicação, monitoramento diário e uma preparação intensa de toda a equipe.

Três pessoas estão verificando uma jaula dentro de um veículo aberto. Eles estão usando bonés e uniformes, provavelmente participando de uma atividade de transporte ou soltura de animais. A atenção está voltada para a jaula, que parece conter algum tipo de ave.

Equipe do Projeto Jacutinga da SAVE Brasil e a Paloma Bosso

Com a avaliação dos resultados dos treinamentos, chegou o dia de Mimi ser reintroduzida na natureza. Na primeira tentativa realizada, quando a equipe abriu o recinto, Mimi teve a oportunidade de escolher o momento em que iria sair, mas optou por permanecer lá dentro.

Observar este tipo de comportamento é extremamente interessante, pois frente a todo o treinamento realizado, o animal tem a oportunidade de escolher quando se sente apto a sair, afirma Paloma Bosso.

É muito importante que os animais que sejam soltos tenham um comportamento aversivo a qualquer tipo de ameaça. Então, a reação da Mimi de ficar somente na porta do recinto foi super positiva. Ele demonstrou que está pronta para explorar o ambiente, já que esse comportamento de cautela aumenta as chances de sobrevivências na natureza.

A imagem mostra um viveiro grande em meio à floresta. O viveiro é cercado por uma estrutura de arame e dentro dele há vegetação e possivelmente aves. A vegetação ao redor é densa e tropical, criando um ambiente natural para os animais dentro do viveiro.

Mimi cautelosa para sair do recinto

No dia seguinte, a equipe tentou novamente, e dessa vez o resultado foi diferente. Mimi escolheu deixar o recinto e se juntar a outras jacutingas já reintroduzidas naquele local. A soltura tem sido um sucesso e depois de uma semana, ela já foi avistada se aventurando 500m distante do recinto de ambientação, entre as árvores da Serra da Mantiqueira.

A imagem mostra uma paisagem de montanha coberta por vegetação densa, com um céu parcialmente nublado. A vista é panorâmica, mostrando colinas verdes e uma área gramada em primeiro plano. A atmosfera é tranquila e natural, com neblina cobrindo parcialmente as montanhas ao fundo.

Serra da Mantiqueira, SP

Também é importante ressaltar que todo o ambiente pré-soltura foi preparado com muito cuidado, desde a colocação correta dos poleiros, até muitas horas de observação que a equipe realizou. Tudo para que a soltura ocorresse o mais natural possível e da melhor forma para as aves.

Sobre o Parque das Aves

O Parque das Aves, um centro de resgate, abrigo e conservação de aves da Mata Atlântica e o atrativo mais visitado de Foz do Iguaçu depois das Cataratas, completa 30 anos de atuação em 2024. Como é uma instituição privada, os visitantes promovem a continuidade do trabalho do atrativo através da visita ao Parque, consumo nos restaurantes do Complexo Gastronômico e compras na Loja de souvenirs.

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