Conheça a formação da equipe de Educação Ambiental
Publicado por parquedasaves em 04/11/2019
Atualizado em 26 de janeiro de 2023
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O Departamento de Educação Ambiental do Parque das Aves, localizado em Foz do Iguaçu, ao lado das Cataratas do Iguaçu, desenvolve diversos programas educativos para engajar o público visitante na conservação da Mata Atlântica. Todas as atividades que integram nossos programas contam com a atuação de uma equipe multidisciplinar que possui funções e responsabilidades distintas,mas um objetivo em comum: conectar os visitantes com as questões ambientais, utilizando estratégias criativas e inovadoras. Confira abaixo um pouco mais sobre a rotina do Departamento de Educação Ambiental do Parque!
Para que todos no departamento comuniquem a mesma mensagem – de conexão e engajamento para a conservação de espécie da Mata Atlântica – é muito importante que a equipe tenha uma formação contínua. Por isso, em abril de 2018, quando a equipe de mediadores ambientais foi incorporada ao departamento de educação, iniciamos nosso curso de formação. O curso é organizado pela coordenadora do departamento e nossa assistente pedagógica e integra o Programa de Formação Educativa para a Conservação da Mata Atlântica. Nosso objetivo é construir saberes e discursos que orientam a mediação em zoológicos como prática educacional e profissional.
Acreditamos que a mediação é essencial para tornar acessível o conhecimento que está disponível em nossa exposição, facilitando assim a compreensão dos visitantes sobre os hábitos dos animais, as questões ambientais relacionadas a eles e a conservação de diversas espécies. Além disso, contribui para despertar no público uma reflexão sobre como nossos comportamentos e atitudes cotidianos impactam o meio ambiente.
Por isso, é tão importante que os membros da equipe de Educação Ambiental participem de uma formação contínua, que aborde não apenas conteúdos técnicos, mas também os aspectos pedagógicos da nossa prática profissional.
Acreditamos que a formação precisa ser um processo de ação-reflexão-ação. Por isso, organizamos todo o curso pensando em promover a apropriação dos conhecimentos necessários para a prática educativa em zoológicos, e criar um espaço reflexivo, onde possamos pensar sobre a nossa prática diária.
Em 2019, a formação foi composta por palestras, grupos de estudos e visitas técnicas para instituições de Foz do Iguaçu e de São Paulo.
Ao longo do ano recebemos alguns especialistas que abordaram conteúdos técnicos como a biologia das aves e as fisionomias do bioma Mata Atlântica. Além disso, iniciamos um aprofundamento sobre questões de acessibilidade. Em abril, a Profª Drª Jéssica Noberto, especialista em acessibilidade de espaços culturais, ministrou para nossa equipe um minicurso sobre acessibilidade atitudinal no atendimento ao público.
A grande novidade da nossa formação esse ano são os encontros para estudos de temas relacionados à prática de educação em zoológicos. Nesses encontros, a equipe é dividida em grupos, e diversas estratégias e metodologias são utilizadas para promover reflexões e estimular a discussão sobre assuntos como: zoológicos modernos, educação em zoológicos e turismo no Parque das Aves. Com os grupos de estudos, temos a oportunidade de compartilhar experiências e percepções sobre questões que interferem em nossa prática cotidiana.
No segundo semestre deste ano, nossos encontros focaram nos estudos sobre a árvore Cecropia (embaúba), já que em breve iremos inaugurar um complexo de viveiros que destacam as relações ecológicas entre alguns animais e essa árvore, encontrada na Mata Atlântica.
Para enriquecer ainda mais nossa prática educativa, iniciamos em maio a realização de visitas técnicas para diversos espaços culturais em Foz do Iguaçu e São Paulo. Nessas visitas pudemos conhecer os setores educativos de outras instituições e trocar saberes e experiências, avaliar alguns aspectos da nossa prática e compartilhar desafios e soluções em comum.
Em Foz do Iguaçu, conhecemos a Estação Ciência, o Polo Astronômico e o Refúgio Biológico e pudemos descobrir de que forma essas instituições recebem seus visitantes, elaboram estratégias educativas e vivenciam na prática os desafios da mediação com os diferentes públicos que recebem.
Em São Paulo, visitamos museus e centros de ciências, voltando os nossos olhares principalmente para a forma como esses espaços desenvolvem estratégias para o atendimento a pessoas com deficiência.
Esses momentos de formação e reflexão são fundamentais para que as ações educativas realizadas em nosso dia a dia sejam cada vez mais significativas e consigam tocar o coração de cada vez mais pessoas para se engajar pela conservação da Mata Atlântica.
Em sua visita ao Parque das Aves, você interagiu com nossos educadores e mediadores ambientais? Compartilhe conosco sua experiência!