Conexão com a natureza
Publicado por Educação Ambiental em 02/10/2018
Atualizado em 12 de novembro de 2024
Tempo de leitura: 4 minutos
Por: Camila Martins, coordenadora da Equipe de Educação Ambiental do Parque das Aves no ano de 2018
Brincadeiras em praças, caminhadas ao ar livre, andar descalço na grama, sentir o cheiro de terra molhada, fazer uma trilha em fragmento de mata, sentir a textura de uma planta ou se encantar com o colorido das borboletas. Esses são exemplos de experiências que muitas pessoas procuram com o objetivo de se conectar com a natureza.
Mas, diante do crescente processo de urbanização, essas experiências vêm se tornando cada vez mais raras ou então difíceis de se encontrar.
Se pensarmos que, segundo o IBGE, em 2010 cerca de 80% da população brasileira residia em áreas urbanas, experiências de educação ambiental que promovam o contato com elementos naturais tornam-se centrais para a construção de valores em prol da conservação do meio ambiente.
Nesse sentido, diversos pesquisadores sociais no mundo todo passaram a direcionar suas investigações para compreender a importância e os efeitos negativos que a ausência de contato com a natureza pode causar no desenvolvimento de adultos críticos e engajados com as causas ambientais, especialmente aqueles que não tiveram a oportunidade de criar vínculos duradouros com a natureza quando eram crianças.
Além disso, também perceberam que a presença de ambientes naturais em áreas urbanas têm sido muito utilizada como indicadora de qualidade de vida humana, demonstrando que a diminuição da biodiversidade nesses ambientes traz como consequência a diminuição da qualidade de vida e do aumento de problemas de saúde.
E como podemos fazer para mudar esse cenário e criar mais experiências significativas que conectem as pessoas com o ambiente natural, especialmente aquelas que vivem em áreas urbanas? Pode parecer uma missão impossível, mas não é!
A mudança pode acontecer no seu próprio jardim ou então no seu bairro. O plantio de árvores nativas é uma excelente prática, uma vez que irá atrair uma série de animais, especialmente os pássaros.
Criar corredores verdes dentro das cidades para que as aves possam encontrar locais para fazer seus ninhos ou então para se alimentar, consiste em uma prática que cria vínculos emocionais com a natureza, especialmente com as crianças por permitir o desenvolvimento da curiosidade, criatividade e senso de descoberta.
Criar praças, bosques e demais áreas verdes na sua cidade também é uma forma de engajamento na definição de maneiras de proporcionar maior qualidade de vida para a população e também melhor percepção e construção de conhecimentos e sentimentos para a conservação da biodiversidade.
Visitar zoológicos, unidades de conservação, jardim botânico, aquários e demais espaços educadores, além de ser uma prática de lazer, também pode proporcionar um ambiente rico de aprendizagem para toda a família. Escolher esses espaços como uma forma de permitir a interação entre adultos e crianças é uma maneira eficaz de construir laços com o ambiente natural.
Foz do Iguaçu está localizada no bioma Mata Atlântica – um dos biomas mais ameaçados do Brasil, restando apenas 9% de sua cobertura vegetal – e tem o privilégio de possuir ambientes que possibilitam a conexão com a natureza, como o Parque das Aves.
Por isso, a principal missão do Departamento de Educação Ambiental do Parque das Aves é criar experiências educativas para todos os públicos com o objetivo de proporcionar a conexão e engajamento para a conservação da Mata Atlântica.
Atividades como “Observação de Borboletas” e “Observação de Araras” são exemplos de experiências educativas que crianças e adultos podem realizar com a mediação de nossos educadores, para criarmos cada vez mais vínculos concretos e emocionais com a natureza!
O Parque das Aves, um centro de resgate, abrigo e conservação de aves da Mata Atlântica e o atrativo mais visitado de Foz do Iguaçu depois das Cataratas, completa 30 anos de atuação em 2024. Como é uma instituição privada, os visitantes promovem a continuidade do trabalho do atrativo através da visita ao Parque, consumo nos restaurantes do Complexo Gastronômico e compras na Loja de souvenirs.