Aves da Mata Atlântica, novo foco do Parque das Aves
Publicado por parquedasaves em 28/09/2017
Atualizado em 31 de janeiro de 2023
Tempo de leitura: 4 minutos
O Parque das Aves acaba de se tornar um Centro de Conservação Integrada de aves da Mata Atlântica!
Trabalhando há 22 anos pela conservação de espécies, o Parque das Aves está focando seus esforços e recursos para salvar aves ameaçadas de extinção do bioma Mata Atlântica.
Por isso, o segundo atrativo turístico mais visitado de Foz do Iguaçu anunciou oficialmente seu compromisso em conservar aves desse bioma.
Assim, o pronunciamento ocorreu durante uma oficina do Plano de Ação Nacional para conservação das aves desse bioma, o PAN de Aves da Mata Atlântica.
O evento, que ocorreu no Parque das Aves entre 26 e 28 de setembro, reuniu especialistas em Mata Atlântica de todo o Brasil. Então, participaram dezenas de pesquisadores, representantes do governo, ONGs, Polícia Federal e órgãos ambientais estaduais.
Uma notícia foi essencial para a decisão: o desaparecimento da pombinha pararu-espelho (Paraclaravis geoffroyi).
De fato, a espécie, que é exclusiva de Mata Atlântica, desapareceu das matas na região do Iguaçu nos últimos anos.
Então, ciente dessa trágica situação – e sabendo que mais de 90% da área original de Mata Atlântica já foi desmatada, o que prejudica muitas espécies do bioma – o Parque resolveu mudar de foco.
Infelizmente, atualmente existem mais de 100 espécies de aves do bioma em ameaça de extinção.
Assim, com o novo foco, veio a oportunidade de sediar a reunião do PAN responsável por decidir como proteger essas aves ameaçadas de extinção.
Durante o primeiro dia de reunião do PAN, o Parque das Aves também lançou o livreto “Parque das Aves – Atuação em Conservação”. O material será uma ferramenta muito importante nessa nova fase do Parque.
A mudança já está dando resultados!
De fato, em julho de 2017, 70% das aves a que os visitantes tinham acesso no Parque das aves eram de Mata Atlântica… e, atualmente, esse número já é de 85%. E ele vai aumentar!
Então, com o novo enfoque em Mata Atlântica, muitas aves estão sendo transferidas para a segunda propriedade do Parque das Aves.
Para isso, a área de 14 hectares já conta com 60 viveiros. Com acesso exclusio da equipe técnica, o espaço atua como sede do Centro de Conservação e Abrigo do Parque.
Afinal, muitas aves em risco de extinção ou extintas na natureza (como é o caso do mutum-de-alagoas) precisam de um local especialmente desenvolvido para elas!