Ações de educação para conservação do papagaio-chauá com a comunidade de Águas Formosas, MG

Publicado por parquedasaves em 30/09/2018

Atualizado em 11 de novembro de 2024

Tempo de leitura: 4 minutos

No início de 2018, a equipe do Projeto Papagaio-chauá e do Departamento de Educação Ambiental do Parque das Aves deram um salto muito importante e significativo para a conservação da espécie: a criação de um projeto educativo para envolver estudantes, professores e comunidade rural da região de Águas Formosas, MG.

Papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha)

O objetivo do projeto educativo foi criado a partir da problemática identificada para a espécie nesta região, que é a captura de filhotes dos ninhos na época reprodutiva para se tornarem animais de estimação.

Por isso, as ações educativas foram planejadas procurando engajar a comunidade na conservação da espécie por meio de uma metodologia que aproxima ciência e educação, o “citizen science” (ciência cidadã), tendo como missão diminuir esse impacto.

Região de Águas Formosas, MG

O primeiro passo, realizado em maio de 2018, foi desenvolver a etapa de diagnóstico socioambiental, procurando identificar lideranças comunitárias, grupos de interesse, comunidades que vivem próximas aos ninhos ou rotas do papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha) e parcerias para o início do projeto.

Foi quando, com o apoio do líder comunitário Fortunato, oficializamos a formação de um grupo de adolescentes do único colégio de ensino médio da cidade: os “Guardiões do Chauá”. Além desse grupo, foram convidados 20 professores do mesmo colégio para participar do projeto e se envolver em ações específicas de formação continuada.

E aproveitando o diálogo e a confiança estabelecidos na região, ocorreu uma aproximação com uma comunidade rural formada por 20 famílias, que aderiram ao projeto.

Aluna analisando material criado para o curso de formação dos Guardiões do Chauá

A partir da etapa de diagnóstico, foram elaboradas três ações educativas específicas que iniciaram sua implementação em agosto de 2018:

  • Curso de Formação dos Guardiões do Chauá
  • Curso de Formação Continuada de Professores para a conservação do papagaio-chauá
  • Diálogos de saberes com a Comunidade Rural dos Perdidos.

O Curso de Formação dos Guardiões do Chauá tem como objetivo contribuir para a formação de jovens cientistas que irão compreender sobre a espécie e suas ameaçadas por meio de ações investigativas e de observação de aves.

Para isso, foram realizados encontros teóricos, oficinas, saídas de campo, dinâmicas e, além disso, foi criado o Aplicativo “Guardiões do Chauá” para que os jovens pudessem registrar a presença dos animais na cidade de Águas Formosas e armazenar esses dados que serão usados pela equipe de pesquisadores do Projeto Papagaio-chauá.

Esses dados darão maiores informações sobre a distribuição da espécie, além de promover o contato de jovens com o ambiente natural.

Alunos recebendo treinamento para observação de aves

O  Curso de Formação de Professores traz a oportunidade de construção de conhecimentos, valores e maneiras de engajar a comunidade escolar sobre a conservação do papagaio-chauá por meio de ações com os professores do colégio.

Professores que passaram pelo treinamento

O Diálogo de Saberes com a Comunidade Rural dos Perdidos tem como objetivo envolver a conexão de crianças e adultos com a Mata Atlântica de Águas Formosas, especialmente com a conservação do papagaio-chauá.

Comunidade envolvida

Essas ações estão apenas começando! O papel da educação nessa região é imprescindível se quisermos promover uma mudança real no status de conservação da espécie. Envolver jovens e adultos em ações de educação para educação é um grande desafios, mas consiste na melhor estratégia para transformarmos a realidade vivenciada por essa espécie!

Em breve teremos mais histórias para contar 😀

Sobre o Parque das Aves

O Parque das Aves, um centro de resgate, abrigo e conservação de aves da Mata Atlântica e o atrativo mais visitado de Foz do Iguaçu depois das Cataratas, completa 30 anos de atuação em 2024. Como é uma instituição privada, os visitantes promovem a continuidade do trabalho do atrativo através da visita ao Parque, consumo nos restaurantes do Complexo Gastronômico e compras na Loja de souvenirs.

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