5 aves da Mata Atlântica que você conhece, mas não sabe que estão ameaçadas

Publicado por Parque das Aves em 17/05/2022

Atualizado em 18 de maio de 2023

Tempo de leitura: 5 minutos

Muitas aves da Mata Atlântica são bastante famosas… Mas, você sabia que algumas espécies estão ameaçadas de extinção?

“Extinção” é o nome que usamos quando uma espécie ou subespécie desaparece por completo. Ou seja, deixa de existir para sempre!

Como as populações dos animais e suas ameaças são diferentes em cada local, existem diversos níveis de probabilidade de extinção. Que também variam conforme cada país, estado ou região.

Então, selecionamos 5 espécies de aves da Mata Atlântica que você provavelmente já conhece. Mas talvez não saiba que estão em risco de extinção!

A boa notícia? Você pode ver e aprender a proteger todas elas aqui no Parque das Aves!

1 – Arara-vermelha (Ara chloropterus)

Infelizmente, a arara-vermelha está na categoria “vulnerável” da Lista de Aves Ameaçadas de Extinção do Paraná, estado onde está localizado o Parque das Aves. De fato, suas ameaças incluem o desmatamento e o tráfico de animais.

Aqui, você observar essa espécie no Viveiro das Araras, onde convivem mais de 60 aves oriundas de resgate de maus-tratos e o tráfico de animais silvestres.

Arara-vermelha com as asas abertas e preparando-se para pousar no chão

Majestosa, a arara-vermelha é uma das aves da Mata Atlântica ameaçadas no Paraná, por conta do desmatamento e do tráfico de animais.

 

2 – Arara-canindé (Ara ararauna)

Assim como a arara-vermelha, a arara-canindé também encontra-se ameaçada de extinção por conta do desmatamento e do tráfico de animais. Por isso, na lista de aves ameaçadas do Paraná, ela está classificada como estando “em perigo”

Para observá-la na trilha do Parque das Aves, vá até o Viveiro das Araras!

 

Arara-canindé em cima de um toco de árvore

A arara-canindé, que possui as cores da bandeira do Brasil, está ameaçada de extinção no Paraná, devido ao desmatamento e ao tráfico de animais.

3 – Harpia (Harpia harpyja)

Também conhecida como gavião-real, a harpia está criticamente ameaçada de extinção no estado do Paraná.

A espécie sofre com a caça e o desmatamento das florestas. Por ser uma ave carnívora, a harpia se alimenta de presas grandes (como macacos, filhotes de veados e preguiças), que precisam de áreas maiores de mata protegida.

Quando vier fazer sua visita, você encontrará o único casal de harpias do Parque das Aves, na ala dos “Rapinantes”!

Duas harpias, uma à esquerda sentada no ninho e outra à direta acabando de começar a voar

A harpia está ameaçada de extinção no Paraná, por conta da caça e do desmatamento.

4 – Macuco (Tinamus solitarius)

O macuco está na categoria “em perigo” na lista de espécies ameaçadas do Paraná. Sua principal ameaça é a caça!

Aqui no Parque das Aves, os macucos estão no viveiro Os Pequenos Marrons, o primeiro viveiro de imersão que os visitantes encontram. 

Macuco olhando de frente

Presente em muitas lendas indígenas, o macuco está ameaçado por conta da caça.

5 – Murucututu (Pulsatrix perspicillata)

Além de estar na lista nacional de espécies ameaçadas, essa coruja está “criticamente ameaçada” na lista do Paraná. Entre as principais ameaças à sua sobrevivência, estão o desmatamento e as agressões motivadas por superstições.

No Parque das Aves, você vai admirá-la no espaço “Encantos da Noite”, próxima do final da trilha! Além dessas corujas, existem outras também como a coruja-buraqueira e a orelhuda.

Coruja murucututu olhando de frente

A coruja murucututu está ameaçada pelo desmatamento e por agressões motivadas pelas superstições.

Analisando o risco de extinção

Existem várias categorias de risco de extinção nas listas de espécies.

Portanto, para incluir uma espécie nessas categorias, os especialistas analisam vários fatores, como por exemplo:

 

  • Quais são as ameaças que a espécie enfrenta?
  • Qual a intensidade dessas ameaças?
  • Como está o ambiente onde ela vive?
  • Essa área está diminuindo?
  • Quantos indivíduos ainda existem no local?
  • Eles são geneticamente diferentes entre si?

 

Assim, com todos os dados, fica mais fácil definir qual é o risco de extinção… E proteger cada espécie com atitudes mais eficazes!

Cada espécie com a sua categoria

Quando dizemos, por exemplo, que uma espécie está “criticamente em perigo”, significa que há um risco extremamente alto de extinção, em um futuro imediato.

Por outro lado, se uma espécie está “em perigo”, o risco de desaparecer ainda não é tão crítico como na categoria anterior. Porém, há grandes chances de que isso aconteça a curto prazo!

Por isso, nesses casos mais sérios, as ações de proteção precisam ser eficientes e rápidas!

Já quando uma espécie está “vulnerável” à extinção, o risco ainda é alto. No entanto, isso aconteceria em um prazo maior. Então, os especialistas podem planejar melhor a defesa da espécie.

A seguir, temos a categoria das espécies “quase ameaçadas”, que ainda não se enquadram em nenhuma das anteriores… Mas, estão no limite!

Por fim, na categoria “menos preocupante”, há espécies que aparecem com frequência, em muitos lugares ou em áreas maiores. Por isso, o risco de desaparecer é bem menor.

No entanto, quando uma espécie é “insuficientemente conhecida”, significa que ainda não temos dados para avaliar o risco de extinção. Assim, é preciso fazer mais pesquisas!

Entenda o processo de revisão da lista de aves ameaçadas do Paraná, financiado pelo Parque das Aves

 

Viva a Mata Atlântica de perto

Em seu próximo passeio à Foz do Iguaçu, viste o Parque das Aves e conheça as aves da Mata Atlântica bem de pertinho! Estamos em frente às Cataratas do Iguaçu. 

 

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