Todos os dias, das 8h30 às 16h30
Preços
Mundo Pequeno: A Vida Oculta dos Insetos na Mata Atlântica
Publicado por parquedasaves em 24/07/2019
Atualizado em 5 de março de 2025
Siga-nos!
Publicado por parquedasaves em 24/07/2019
Atualizado em 5 de março de 2025
Tempo de leitura: 4 minutos
A biodiversidade da Mata Atlântica abriga inúmeras interações fascinantes entre insetos e outros organismos. Conheça algumas dessas interações!
As formigas desempenham papéis fundamentais nos ecossistemas, incluindo a dispersão de sentimentos e o controle de outras populações de insetos.
Um belo exemplo de mutualismo ocorre entre as formigas e as cochonilhas-de-escama. As cochonilhas possuem partes bucais em forma de palha, que grudam nas plantas para se alimentar da seiva rica em carboidratos. No entanto, essa seiva contém pouca proteína, obrigando as cochonilhas a ingerirem grandes quantidades para obter os nutrientes necessários.
Como resultado, elas excretam o excesso de líquido açucarado em gotas chamadas melada , uma verdadeira delícia para as formigas. Em troca desses recursos valiosos, as formigas protegeram as cochonilhas de predadores e as transportaram para locais de alimentação mais ricos, como se cuidavam de um rebanho.
Este besouro mostra como a biodiversidade da Mata Atlântica é cheia de cores e formas incríveis.
O besouro Coelomera, um inseto vibrante de cores vermelhas e pretas, que tem uma predileção especial pelas árvores Cecropia (embaúbas) desprotegidas.
As fêmeas do Coelomera depositam ovos na parte inferior das folhas, e suas larvas possuem um formato peculiar de cauda em forma de pá. Ao eclodirem, elas se movem em grupos agregados, devorando o tecido foliar e deixando para trás um rastro de folhas perfuradas – uma destruição natural que, curiosamente, forma padrões visualmente belos.
Apesar de indesejados, eles são uma fonte de alimento essencial para muitas espécies!
Praga sugadora de sangue ou pavão encantador? O mosquito Sabethes pode parecer apenas mais um inseto incômodo, mas sua aparência o torna uma verdadeira fada dos insetos.
Tanto machos quanto fêmeas possuem escamas iridescentes e ornamentos rústicos, e o macho dessa espécie é o único mosquito conhecido por realizar uma dança planejada para impressionar as fêmeas.
Eles vivem no meio da floresta, onde se alimentam principalmente de sangue de macacos. Então, da próxima vez que avistar um, antes de estapeá-lo, aprecie a beleza única dessa espécie!
A camuflagem do bicho-pau é uma das estratégias mais impressionantes da natureza.
À primeira vista, parece um graveto. À segunda, um bicho-pau. Em terceiro lugar, poderia muito bem ser um especialista de outro planeta. Mas, na realidade, esse inseto é um gafanhoto!
Com um corpo alongado e coloração castanha irregular, esse gafanhoto desenvolveu uma camuflagem altamente eficiente, tornando-se quase indistinguível de um galho seco. Apesar da aparência curiosa, ele ainda mantém a habilidade clássica de pular, embora com um pouco menos de agilidade do que seus parentes gafanhotos tradicionais.
O fungo parasita formigas, controlando seus movimentos e completando seu ciclo de vida.
Os fungos Cordyceps protagonizam um dos ciclos de vida mais macabros da natureza. Seus esporos infectam formigas desavisadas, infiltrando-se em seus sistemas nervosos e assumindo o controle de seus movimentos.
Uma vez infectado, a formiga é obrigada a subir até uma estrutura mais alta disponível , onde o fungo se desenvolve, matando-a e colando seu corpo à superfície . Em seguida, um caule longo cresce a partir do cadáver , liberando novos esporos que cairão sobre outras formigas, perpetuando esse ciclo sombrio da vida e da morte.
Fotos e texto por Peter Marting
O Parque das Aves, um centro de resgate, abrigo e conservação de aves da Mata Atlântica e o atrativo mais visitado do Paraná depois das Cataratas, completou 30 anos de atuação em 2024. Como é uma instituição privada, os visitantes promovem a continuidade do trabalho do atrativo através da visita ao Parque, consumo nos restaurantes do Complexo Gastronômico e compras na Loja de souvenirs.
