10 momentos onde valorizamos a ciência no Parque das Aves

Publicado por Parque das Aves em 08/07/2022

Atualizado em 4 de julho de 2023

Tempo de leitura: 8 minutos

Você sabia que a ciência é super importante para o trabalho do Parque das Aves?

Esse é o nome dado ao conhecimento que foi produzido por meio de algum tipo de pesquisa, ajudando a conferir se algo que a gente supõe é verdadeiro ou falso. Então, a ciência gera informações comprovadas, que nos ajudam a tomar boas decisões!

Por isso, o Parque das Aves valoriza e utiliza esse tipo de conhecimento nas atividades diárias de diversos departamentos. Assim, em sua rotina, eles aplicam e produzem conhecimentos científicos para conservar as aves da Mata Atlântica.

Descubra como aplicamos os conhecimentos científicos para promover atividades de pesquisa, conservação, educação e lazer no Parque das Aves:

1. Ciência nos procedimentos de Medicina Veterinária

 

Nessa área, utilizamos conhecimentos científicos das áreas de Biologia, Zoologia, Ecologia, Fisiologia, Anatomia, Farmácia e Química para realizar as atividades realizadas no ambulatório, no laboratório, na sala de esterilização, na sala de internação e no depósito de medicações.

Além disso, muitos instrumentos de rotina se baseiam em conhecimentos científicos, como microscópio, aparelho de anestesia inalatória, autoclave para esterilização de material cirúrgico, balança, endoscópio, raio-x portátil, centrífuga, refratômetro e digitalizadora de imagem.

Por fim, diversos procedimentos da Medicina Veterinária seguem a lógica do método científico! De fato, o atendimento clínico e a coleta de exames (que analisam sangue, tecidos, fezes ou cultivos de micro-organismos, por exemplo), ajudam a confirmar ou refutar a hipótese de uma doença. Por isso, aplicamos conhecimentos da ciência na hora de realizar e interpretar diversas informações médicas!

A ciência também está presente em exames como PCR (biologia molecular), radiografias, endoscopias, biópsias e necropsias.

Além disso, uma enorme variedade de medicamentos (como analgésicos, antibióticos, anti-inflamatórios e antifúngicos) que usamos diariamente foi descoberta e aperfeiçoada por meio de pesquisa científica.

Por fim, na hora de receber novos animais, realizamos um procedimento preventivo baseado em ciência: a quarentena. Inclusive, o tempo de quarentena depende de experiências prévias com cada espécie, presentes na literatura científica.

Afinal, com essa prática de biossegurança, podemos detectar e controlar doenças que podem estar “escondidas” nos indivíduos que chegam, evitando que contaminem os outros animais do Parque das Aves.

Mulher está em uma sala de cirurgia, com máscara, touca e luvas realizando uma cirurgia em uma ave. Em sua mão esquerda encontra-se um bisturi enquanto a mão direita está tocando no animal.

Lígia Oliva, responsável pelo hospital veterinário do Parque das Aves, utiliza a ciência em praticamente todas as suas atividades diárias.

2. Pesquisa científica em Medicina Veterinária

 

Aqui, vários dos mesmos conhecimentos, instrumentos e procedimentos mencionados anteriormente entram em cena, mas para uma finalidade diferente: a Divisão de Pesquisa produz e publica seus próprios estudos baseados em dados de populações de aves dentro do Parque das Aves!

Além disso, apoiamos outros projetos de pesquisa em aves, principalmente pesquisa sanitária vinculada à espécies da Mata Atlântica.

Vale dizer que, antes de começarem, todos os projetos passam pela análise de um Comitê de Ética e de um Comitê de Pesquisa.

Um homem está sentado e utilizando um microscópio, observando através dos oculares uma amostra.

Mathias Dislich, responsável pela Divisão de Pesquisa Parque das Aves, atua em diversas pesquisas no ramo da Medicina Veterinária.

3. Ciência do Comportamento e Bem-Estar Animal

 

As atividades que estudam e monitoram o comportamento e o bem-estar dos animais no Parque das Aves também obedecem conhecimentos científicos, sobretudo da área da Biologia, Zoologia e Etologia (ciência que estuda o comportamento animal).

Além disso, oferecemos itens de enriquecimento ambiental. Como o próprio nome sugere, eles enriquecem o ambiente dos animais para que se mantenham sadios, entretidos e felizes sob nossos cuidados.

E, para desenvolver essas técnicas, é preciso ter acesso a uma enorme quantidade de dados sobre cada espécie! Ou seja: ler os resultados de muitas pesquisas, que podem ser feitas em ambiente natural ou sob cuidados humanos.

Além disso, muitas vezes, adaptamos esse itens para as necessidades de cada indivíduo. Então, para saber como aplicá-los individualmente, é preciso realizar muitas observações e anotações por longos períodos.

Para isso, realizamos monitoramentos comportamentais usando métodos de pesquisa próprios dessa área do conhecimento, que servem para fazer amostragem e registro de comportamentos.

Com esses dados, fazemos a análise dos comportamentos, criando gráficos com as frequências de cada um ao longo do dia. Assim, conseguimos descobrir as atividades que os animais mais realizam, realizando ajustes em suas rotinas.

Afinal, com essas estatísticas em mãos, a nossa interpretação do comportamento das aves se torna mais realista e mais precisa!

Um tucano-de-bico-verde está empoleirado em cima de um tronco com o bico semi-aberto preparando-se para engolir um pedaço de uma abóbora. Em um galho mais abaixo e paralelo, está uma abóbora com olhos e nariz em formatos triangulares.

No setor de Bem-Estar Animal do Parque das Aves, as técnicas de enriquecimento ambiental aplicadas para os animais são baseadas em conhecimentos científicos.

4. Ciência na Sala de Filhotes

 

Para reproduzir indivíduos de espécies ameaçadas de extinção, o Parque das Aves segue recomendações científicas estabelecidas por especialistas para formar casais de aves.

Por isso, na Sala de Filhotes, aplicamos conhecimentos da área da Biologia, Oologia (estudo dos ovos) e Genética.

Quando há sucesso reprodutivo, facilitamos a sobrevivência do filhote por meio da criação natural, sempre que possível.

No entanto, quando precisamos interferir no cuidado com o filhote, seja por conta de um programa de conservação, por recomendação veterinária ou pela ausência de cuidados por parte dos pais, o animal recebe cuidados na nossa Sala de Filhotes.

Neste ambiente, os conhecimentos científicos estão presentes em equipamentos como incubadoras, unidades de tratamento animal (UTA), termohigrômetros, ovoscópios, detectores de batimentos fetais (Buddy®), balanças de precisão e paquímetros.

Com o uso dessas ferramentas e de dados coletados por meio de pesquisas prévias, podemos prever a data de eclosão dos ovos e fazer o acompanhamento dos filhotes!

Uma pessoa está de frente para uma incubadora, abrindo a sua tampa para colocar um ovo e começar o processo de incubamento.

Na Sala de Filhotes do Parque das Aves, o conhecimento cientifico é fundamental para o sucesso reprodutivo dos animais.

5. Nutrição Animal baseada em ciência

 

Para oferecer uma nutrição de qualidade às aves, melhorando a imunidade e a reprodução, é preciso fornecer uma dieta balanceada.

Então, o zootecnista, que é o profissional responsável por formular e balancear as dietas dos animais, utiliza conhecimentos da Biologia, Zoologia, Ecologia, Fisiologia, Anatomia e Química.

Assim, é possível melhorar a saúde geral dos animais, promover um crescimento saudável, ampliar o sucesso reprodutivo e aumentar a longevidade das aves.

Na Divisão de Nutrição Animal, utilizamos muitos artigos científicos, protocolos baseados em experiências prévias e fórmulas pré-estabelecidas.

Afinal, para recriar dietas adequadas sob cuidados humanos, precisamos analisar estudos sobre as necessidades nutricionais dos animais, os hábitos alimentares das espécies e a composição química dos alimentos consumidos na natureza.

Além disso, existe um protocolo de segurança alimentar, com normas rígidas de boas práticas de manipulação, visando produzir dietas livres de contaminação. E, é claro, ele também se baseia em conhecimentos científicos!

Um papagaio-verdadeiro está em cima de uma bandeja se alimentando com algumas sementes em seu bico.

Papagaio-verdadeiro se alimentando no Parque das Aves. Para calcular a dieta dos animais, precisamos dos conhecimentos de diversas áreas da ciência.

6. Ciência para reintrodução de espécies

 

Para atuar na reintrodução de animais ameaçados de extinção, utilizamos conhecimentos científicos das áreas de Biologia, Zoologia, Ecologia, Etologia (estudo do comportamento animal), Genética e Conservação.

Vale lembrar que os animais nascidos no Parque das Aves estão disponíveis para projetos sérios de reintrodução ou de revigoramento de populações na natureza. Por isso, já enviamos diversas aves para solturas planejadas e responsáveis no ambiente natural!

Além disso, estamos sempre abertos à propostas de projetos de reintrodução que sigam uma metodologia científica confiável e que sejam aprovados pelos órgãos ambientais.

Mulher com máscara prepara-se para instalar um radiotransmissor em uma jacutinga, que está sendo segurada por outra pessoa.

Toda soltura de animais nascidos no Parque das Aves obedece rigorosos critérios científicos. É o caso das jacutingas, que recebem um aparelho para repassar a sua localização durante a fase de monitoramento. Foto: Equipe do Projeto Jacutinga.

7. Ciência da Conservação

 

Em nosso Núcleo de Conservação, utilizamos muitos dos conhecimentos mencionados acima, principalmente para fazer pesquisa no ambiente natural dos animais!

No dia-a-dia de pesquisa em campo, precisamos de instrumentos totalmente baseados em dados científicos, como binóculos, GPS e programas de computador.

Além disso, as oficinas de planejamento das ações de conservação são guiadas por uma infinidade de conhecimentos técnicos!

Benjamin Phalan está sentado e observando uma jacutinga, que aparece em primeiro plano.

Ben Phalan, chefe do Núcleo de Conservação do Parque das Aves, lidera as ações da área para projetos internos e de apoio a parceiros institucionais.

8. Ciências Sociais para a Educação Ambiental

 

Em nosso Departamento de Educação Ambiental, que busca contribuir para a conexão do público visitante com a Mata Atlântica, permitindo que se engajem em comportamentos sustentáveis, utilizamos o embasamento teórico da Educação Ambiental Crítica, da Pedagogia e de várias Ciências Sociais.

Além disso, desenvolvemos e publicamos pesquisas em Educação para Conservação. Nossa equipe de educadores também cria atividades para diversos públicos, que integram a teoria e a prática no campo da Educação.

Assim, é possível ampliar o impacto educativo para os mais de 800 mil visitantes e mais de 30 mil alunos em grupos escolares que recebemos todos os anos!

Visitantes em uma exposição da Educação Ambiental no Parque das Aves.

Os conhecimentos das Ciências Sociais ajudam na criação de atividades educativas para o público visitante do Parque das Aves.

 

9. Ciências Sociais para a Comunicação

 

As nossas ações de comunicação para conservação também se baseiam em uma grande quantidade de dados e de recomendações técnicas das Ciências Sociais, como as áreas de Marketing, de Educomunicação e de Psicologia da Conservação.

Afinal, levando em consideração pesquisas sobre o comportamento humano, conseguimos criar atividades melhores para engajar pessoas com a Mata Atlântica. Além disso, também realizamos nossas próprias pesquisas para medir o impacto da experiência dos visitantes no Parque das Aves.

Assim, conseguimos engajar mais pessoas, seja em nossas plataformas online ou na visita presencial, por meio das nossas placas educativas e dos QR Codes com informações adicionais que disponibilizamos durante o passeio.

Uma mulher está em um palanque discursando em um congresso, enquanto uma foto é exibida atrás dela uma foto com as frases "Parque das Aves" e "Nossa Mata Atlântica". Na foto uma mulher observa uma arara-vermelha voando.

Melissa Correa, gerente de Comunicação do Parque das Aves, explica a abordagem do seu departamento em congresso internacional.

10. Apoio aos cientistas da conservação

 

Além de aplicar e produzir ciência internamente, o Parque das Aves também trabalha com projetos e iniciativas lideradas por cientistas muito talentosos da área da conservação.

Então, essas parcerias incluem apoio financeiro ou logístico, doação de equipamentos, capacitação para profissionais e envio da nossa equipe para apoiar atividades presenciais.

Atualmente, temos o orgulho de dizer que apoiamos ações de conservação de aves na maioria dos estados brasileiros de Mata Atlântica!

Duas mulheres sentadas próximas. Uma delas está assinando um papel. Vemos também dois envelopes, um está escrito Projeto Charão e em outro lemos Parque das Aves.

As parcerias com cientistas de outros projetos são essenciais para salvar espécies ameaçadas de extinção. Na foto, Paloma Bosso, diretora técnica do Parque das Aves, em companhia de Nêmora Prestes, co-fundadora do Projeto Charão.

 

Conheça o trabalho dos nossos cientistas de perto

 

Quando vier a Foz do Iguaçu , aproveite para visitar o Parque das Aves… e conheça o resultado desse trabalho baseado em ciência bem de pertinho! Estamos em frente às Cataratas do Iguaçu. Veja mais detalhes sobre a visita aqui!

Um tucano-toco pousado em cima de um corrimão.

O Parque das Aves é um espaço de conexão única com as aves da Mata Atlântica.

 

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