Aves de diferentes formas e cores: saiba mais sobre o dimorfismo sexual
Publicado por parquedasaves em 05/09/2023
Atualizado em 6 de setembro de 2023
Tempo de leitura: 5 minutos
Você já ouviu falar sobre dimorfismo sexual? Algumas espécies de aves não possuem diferenças visíveis que permitam diferenciar os machos das fêmeas.
Porém, outras espécies possuem diferenças bem marcantes e visíveis, que permitem diferenciar o sexo da ave.
Essa característica marcante e visível se chama dimorfismo sexual, que quer dizer duas formas (do grego di- dois, e morphe forma).
Algumas aves podem apresentar características físicas que ajudam a identificar o seu sexo, como a cor das penas ou o tamanho de bico, cabeça e cauda do animal.
“O dimorfismo sexual em aves é a diferença na aparência visível entre machos e fêmeas de uma mesma espécie.”
O dimorfismo sexual em algumas espécies de aves surgiu ao longo da evolução por ter vantagens aos indivíduos, por exemplo em atrair parceiros, evitar predadores ou facilitar a identificação entre indivíduos.
Essas características podem ser benéficas para as aves, pois ajudam os machos a se destacarem na hora da corte entre tantos outros machos.
No entanto, também os torna mais vulneráveis aos ataques de predadores, o que acaba se tornando uma vantagem, visto que podem afastá-los para bem longe do ninho, garantindo a sobrevivência da prole e a perpetuação da própria espécie.
Por outro lado, as fêmeas se beneficiam dessas características mais discretas porque facilitam sua camuflagem para proteger os ninhos e os filhotes dos predadores que estejam próximos.
Mas note um detalhe: em alguns casos onde o macho incuba os ovos, e a fêmea não, a fêmea é mais colorida do que o macho, que é o caso no exemplo da pisa-n’água (Phalaropus tricolor).
Outro exemplo é o dos beija-flores, como por exemplo o beija-flor-de-topete-verde (Stephanoxis lalandi). O macho da espécie apresenta a coroa na coloração azul, faixa azul que parte da garganta e se estende até o ventre, face cinza e lateral da garganta branco, manto verde.
As fêmeas desta espécie de beija-flore apresentam a coroa e manto com tons dourados, garganta, peito e ventre mais claros.
Confira algumas aves que ocorrem na Mata Atlântica e apresentam dimorfismo sexual. Algumas, inclusive, podem ser observadas aqui no Parque das Aves, em Foz do Iguaçu:
Mutum-de-penacho (Crax fasciolata): O macho é preto com a região da barriga branca e a fêmea tem a plumagem preta listrada de branco, cabeça e pescoço preto, peito canela e barriga bege. Essa espécie pode ser observada no Parque das Aves.
Tangará-dançarino (Chiroxiphia caudata): Os machos têm plumagem azul-celeste, cauda preta com duas penas centrais mais longas que as outras e, no alto da cabeça, uma brilhante coroa vermelha. As fêmeas são verde-escuras, cauda mais longa que a dos machos. Inclusive, você já deve ter visto em algum lugar o cortejo do macho à fêmea.
Araponga (Procnias nudicollis): Os machos adultos são inteiramente brancos, exceto os lados da cabeça e garganta, que são nus, de cor verde-jade onde se implantam raras cerdas pretas. A fêmea adulta tem a parte superior verde-oliva, com a cabeça cinza e a parte inferior amarela com estrias amarelas-esverdeadas e cinzentas. O macho da espécie pode ser observado no Parque das Aves, no viveiro de imersão Os Pequenos Marrons.
Canário-da-terra (Sicalis flaveola): o macho possui cor amarelo-olivácea com estrias enegrecidas nas costas e próximo das pernas. Já a fêmea tem a parte superior do corpo olivácea com densa estriação parda por baixo. Tanto o macho quanto a fêmea podem ser observados no Viveiro Os Pequenos Marrons, no Parque das Aves.
Agora é a sua vez: venha ao Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, a única instituição do mundo focada na conservação das aves da Mata Atlântica.
Ficamos em frente das Cataratas do Iguaçu, é só atravessar a rua!
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