Terceira expedição no ambiente das pererecas-rústicas aprofunda estudos sobre a espécie em Santa Catarina

Publicado por parquedasaves em 17/12/2024

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A ação, realizada em campos de altitude catarinense, entre os dias 5 e 8 de dezembro, reforça os esforços na conservação de espécies da Mata Atlântica

Perereca-rústica pequena sendo segurado com cuidado por uma mão enluvada, em destaque contra um fundo preto, mostrando detalhes do corpo delicado do anfíbio.

Perereca-rústica (Pithecopus rusticus)

Entre os dias 5 e 8 de dezembro, o Parque das Aves participou da terceira edição da Expedição Perereca-rústica, que ocorre anualmente no banhado onde vive a perereca-rústica (Pithecopus rusticus). A iniciativa reuniu especialistas que atuam em prol da conservação da espécie, que enfrenta ameaças crescentes devido à perda de habitat e degradação ambiental. 

“As expedições do Projeto Perereca-rústica oferecem oportunidades únicas para aprofundar o conhecimento sobre essa espécie e reforçar a relevância da conservação de pequenos anfíbios para o equilíbrio do ecossistema. Esses esforços em campo não apenas avançam a ciência, mas também destacam a importância de cada passo em direção à conservação das espécies da Mata Atlântica”, afirmou Elaine Maria Lucas Gonsales, coordenadora do Projeto Perereca-rústica. 

A expedição teve como objetivo monitorar a população de pererecas em áreas de alto interesse ecológico, com foco no registro de vocalizações, análise de padrões comportamentais, coleta de dados sobre a água dos banhados e busca por novos indivíduos.

Perereca-rústica, com corpo vibrante e patas alaranjadas, pousado delicadamente na mão enluvada de uma pessoa contra um fundo escuro.

Pesquisas noturnas no Parque das Aves ajudam a monitorar espécies importantes da fauna local, como anfíbios, essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas.

“Ficamos muito felizes em ter quatro membros da nossa equipe participando novamente da expedição em campo junto com a equipe do Projeto Perereca-rústica. Essas ações coletivas nos possibilitam conhecer cada vez mais sobre a espécie, afinal, como ela foi descoberta recentemente, ainda há muitas lacunas de conhecimento. Assim, cada expedição traz um pouco mais de informação, e nos deixa mais confiantes para continuar mantendo a população que vive aqui no Parque das Aves e futuramente contribuir para o aumento destes animais no seu ambiente de ocorrência natural”, comenta Paloma Bosso, diretora técnica do Parque das Aves.

As pererecas-rústicas desempenham um papel vital nos ecossistemas, atuando no controle de insetos e como bioindicadoras da saúde ambiental. Estudos como este ampliam a compreensão de como proteger e coexistir com a fauna nativa.

Participaram da expedição o time do projeto, incluindo Elaine Lucas e Veluma De Bastiani, coordenadoras do projeto, e os estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, Manuela Blasi e Julio Sá. Representando o Parque das Aves, participaram da expedição Richarlyston Brandt, gerente de manejo, Márcio Silva, coordenador operacional de saúde animal, Renato Fernandes, tratador de animais, e Victor Barreto, analista de comunicação. Essa colaboração entre especialistas de diferentes áreas reforça o compromisso com a conservação ambiental.

Parcerias de sucesso

Grupo de oito pessoas usando capas de chuva em uma área de campo aberto, posando sorridentes para uma selfie em meio à vegetação úmida, em busca da perereca-rústica

Equipe do Parque das Aves e do Projeto Perereca-rústica dedicada ao trabalho de campo, mesmo com o clima desafiador, demonstrando comprometimento com a conservação da biodiversidade.

Há dois anos, o Parque das Aves atua em parceria com o Projeto Perereca-rústica, fortalecendo os esforços de proteção da espécie. Essa iniciativa é apoiada pelo Zoológico de São Paulo, pesquisadores e estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, e diversas instituições brasileiras comprometidas com a conservação.

A ação conta ainda com o suporte do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios RAN – ICMBio, por meio do Plano de Ação para a Conservação da Herpetofauna do Sul do Brasil (PAN Herpetofauna Sul), e da ASG Brasil, no contexto do Plano Estratégico de Conservação de Anfíbios Brasileiros.

Sobre o Parque das Aves

O Parque das Aves, um centro de resgate, abrigo e conservação de aves da Mata Atlântica e o atrativo mais visitado de Foz do Iguaçu depois das Cataratas, completou 30 anos de atuação em 2024. Como é uma instituição privada, os visitantes promovem a continuidade do trabalho do atrativo através da visita ao Parque, consumo nos restaurantes do Complexo Gastronômico e compras na loja de souvenirs.

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