Parque das Aves acolhe filhotes de ave resgatados

Publicado por parquedasaves em 25/01/2019

Atualizado em 27 de agosto de 2024

Tempo de leitura: 3 minutos

Na semana passada, o Parque das Aves recebeu quatro filhotes de caturritas (Myiopsitta monachus) que caíram do ninho durante uma tempestade no bairro Morumbi, em Foz do Iguaçu.

As aves foram retiradas do local por um morador e resgatadas pela Polícia Ambiental, e agora estão sob os cuidados da equipe do Parque. Essa é uma situação comum nesta época do ano, pois se trata da estação reprodutiva dos animais.

De acordo com o morador que encontrou os filhotes, o ninho caiu do alto de uma árvore, o que tornou impossível colocá-lo novamente no local. Chegando ao Parque das Aves, os filhotes foram levados para a Sala de Filhotes para receberem os cuidados necessários da equipe.

Filhotes de aves recém-nascidos em uma caixa, recebendo alimentação com uma colher.

Filhotes de caturrita recebendo alimento. Foto/Reprodução: Parque das Aves

O melhor para o filhote é permanecer com os pais

O morador fez certo em resgatar as aves, que poderiam ter morrido durante a tempestade, mas é preciso sempre analisar com cuidado a situação, pois na maioria das vezes o ideal é que a ave seja mantida no local.

Se os pais estiverem por perto, é melhor que o filhote seja recolocado no ninho ou em locais abrigados para que eles possam cuidar dele, pois quando há uma interferência nesse processo, o filhote acaba não recebendo o treinamento de como sobreviver na natureza e o seu retorno ao habitat natural se torna muito difícil.

Filhotes de aves recém-nascidos em uma caixa, aninhados em papel rasgado e toalhas de papel.

Filhotes de caturrita. Foto/Reprodução: Parque das Aves

A diretora técnica do Parque das Aves, Paloma Bosso, explica qual é a melhor forma de proceder quando um filhote é encontrado no chão. “O importante é observar com atenção o filhote e suas reações. Caso ele esteja bem, os pais devem estar por perto e então o melhor é que ele permaneça no local, desde que em segurança. Recomendamos que as pessoas removam o animal e acionem a Polícia Ambiental apenas em último caso, como quando houver a presença de um predador ou os pais não estiverem à vista.”

Sala de Filhotes

Criada em 2000, a Sala de Filhotes é um local desenvolvido especialmente para cuidar de uma parte dos filhotes nascidos no Parque das Aves, ou filhotes recebidos de resgate ou apreensão pela Polícia Ambiental ou IBAMA.

“O Parque das Aves sempre prefere o processo de criação natural, ou seja, aquele em que não há interferência humana. Nesse processo, os pais cuidam de ovos e filhotes sozinhos, e nós apenas garantimos que eles tenham acesso a tudo que necessitam para que desempenhem tal tarefa, como ninho, alimentação adequada e proteção”, comenta Bianca Fernandes, bióloga da Sala de Filhotes.

Visitantes observam a "Sala de Filhotes" em uma instalação dedicada à conservação de aves.

Visitantes observando o trabalho feito na sala de filhotes. Foto/Reprodução: Parque das Aves

No entanto, alguns casais não se mostram aptos a cuidar de seus ovos ou filhotes, especialmente quando são “pais de primeira viagem”. Então, quando há algum risco de vida para o filhote, o time da Sala de Filhotes presta um auxílio no nascimento e no cuidado dos filhotes.

O local é equipado com incubadoras, onde os ovos passam por períodos de incubação variados, e unidades de tratamento para aves, as U.T.A.s, onde os filhotes passam períodos distintos de acordo com a espécie.

Diversas planilhas podem ser também observadas no local, pois os técnicos fazem o monitoramento e o registro diário de cada um dos filhotes e ovos ali presentes. Atividades como a ovoscopia, que permite visualizar o desenvolvimento do embrião através de uma fonte de luz, e a pesagem dos filhotes são outros procedimentos que fazem parte da rotina dos funcionários que ali trabalham.

Sobre o Parque das Aves

O Parque das Aves, um centro de resgate, abrigo e conservação de aves da Mata Atlântica e o atrativo mais visitado de Foz do Iguaçu depois das Cataratas, completa 30 anos de atuação em 2024. Como é uma instituição privada, os visitantes promovem a continuidade do trabalho do atrativo através da visita ao Parque, consumo nos restaurantes do Complexo Gastronômico e compras na Loja de souvenirs.

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