COMUNIDADE | Parque das Aves realiza o 5° módulo da 2ª edição do projeto “SOS Fauna”

Tempo de leitura: 3 minutos

Nesta quarta-feira, 28/09, na Escola Parque, do Parque Nacional do Iguaçu (PNI), será realizado o 5° módulo da 2ª edição do projeto “SOS Fauna”, que promove formação continuada para professores da rede pública de ensino para desenvolverem projetos pedagógicos com foco em educação ambiental a partir do tema SOS Fauna.

O projeto está sendo realizado pela equipe de Educação Ambiental do Parque das Aves, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), através do Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu (NRE-FOZ), a 5a CIA da Polícia Militar Ambiental do Paraná, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE e a Escola Parque do Parque Nacional do Iguaçu.

O curso, de 120 horas, é dividido em módulos teóricos, visitas de campo e exposição pedagógica e conta com assessoria e certificação da UNIOESTE.

Alunos visitam o roteiro pedagógico do SOS Fauna, com foco na biodiversidade local, caça, pesca e tráfico de animais silvestres.

Este projeto se justifica pela necessidade de promover diálogos entre o programa de educação ambiental do Parque das Aves e o ensino formal do entorno do Parque Nacional do Iguaçu – PNI. Tem por objetivo aproximar a discussão pedagógica com a prática socioambiental local, especificamente a divulgação da importância da proteção da diversidade biológica, com ênfase no PNI, onde a exuberância da Mata Atlântica sofre com conflitos como caça e exploração da flora, considerando-se que o zoológico tem recebido muitos animais oriundos do tráfico e caça de animais silvestres na região.

A primeira turma teve participação de 40 professores que desenvolveram 12 projetos com 600 estudantes da região. Os resultados foram apresentados na I Mostra Pedagógica SOS Fauna, em 2015.

Essa 2a turma tem a participação de 43 professores de cinco municípios vizinhos ao PNI, que se dividem em 18 instituições de ensino estaduais. Aproximadamente 800 estudantes estão participando ativamente com a realização de projetos pedagógicos que serão apresentados na II Mostra Pedagógica SOS Fauna, no dia 7 de dezembro de 2016.

No 4º módulo, a saída de campo para conhecer o Corredor Ecológico Santa Maria, entre Santa Terezinha de Itaipu e São Miguel do Iguaçu, com o consultor técnico Pedro Fogaça, na tentativa de interligar o PNI com Parque Nacional Ilha Grande-Guaíra, através da mata ciliar do reservatório de Itaipu.

O projeto convida profissionais e moradores locais, que trabalham no mesmo contexto, para compartilharem seus conhecimentos e perspectivas em rodas de diálogo (durante os módulos) que permitam um discurso sobre a importância do conhecimento local, neste caso associando ao PNI e suas relações ecológicas e sociais, promovendo a troca de ideias entre instituições locais, além de incentivar professores e estudantes de escolas públicas estaduais da região a defenderem a biodiversidade da Mata Atlântica.

Os resultados esperados em relação a essa iniciativa vão além da prática pedagógica, pois espera-se o fortalecimento da identidade local dos envolvidos, ou seja, uma educação transformadora, capaz de envolver estudantes, professores e comunidades locais, no respeito e cuidado da natureza, na abordagem do PNI enquanto unidade de conservação e não apenas enquanto local das Cataratas do Iguaçu. Especialmente com o desenvolvimento de materiais didáticos para serem disponibilizados aos/às alunos(as), promovendo com isso um diálogo interdisciplinar entre as áreas.

A capacitação teve sua primeira edição no segundo semestre de 2014, com resultados muito satisfatórios, envolvendo a participação de professores(as) de diversas disciplinas, da educação especial e da educação profissional. O curso primou pela qualidade e responsabilidade frente aos desafios das questões ambientais de conservação e preservação e a biodiversidade da região Oeste do Paraná.

Primeira turma, em 2014, no módulo sobre agricultura orgânica e relação entre agricultura e o PNI.

Com esta iniciativa, o papel do zoológico pode se estender à comunidade local de forma prática e eficiente. Estas parcerias permitem mais visibilidade ao zoo enquanto estrutura educadora não formal e ainda promovem ações de educação ambiental a favor da mobilização e intervenção sobre os problemas socioambientais locais.